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O Sabor da Obediência



O Sabor da Obediência

Quão doces são os teus decretos ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca. Salmos 119.103 (KJA)

Além de bela, a Palavra de Deus é doce. Certamente poderíamos compor elogios em série a respeito do texto bíblico, mas não seríamos “originais” se assim procedêssemos. O salmista do Salmo 119 já o fez com maior eloquência e compreensão dos decretos, mandamentos, estatutos e ordenanças do Senhor do que jamais cogitaríamos. É em meio à riqueza dessa poesia de louvor a Deus por sua Palavra que pinçaremos um aspecto pouco observado do princípio da obediência: o sabor.

De imediato, precisamos lembrar que o salmista trata de assuntos legais, ou seja, dedica-se, especialmente, à Lei de Deus. Ele também tem a consciência de que muito provavelmente não alcançará essa perfeição disciplinar[1]: “Quem dera fossem firmados os meus caminhos na obediência aos teus decretos” (Sl 119.5). Ainda assim, esse dedicado autor afirma ter mais discernimento que os anciãos por obedecer aos preceitos do Senhor (v.100), bem como, ser o zelo da obediência que lhe capacita afastar os pés de todo o mau caminho (v.103).

Nisso consiste tanto a beleza quanto a doçura dessa Lei. Não que cumpri-la seja, necessariamente, agradável, mas o padrão moral adquirido por ela quando aplicado na vida daquele que, não apenas medita, mas a obedece, ainda que não atinja a desejável perfeição disciplinar, consegue extrair dos mandamentos um apetitoso deleite – que por falta de elementos a melhor comparação é o mel – produzido pela obediência.

Willian C. Martins



[1] Lewis C. S. Lendo os Salmos. Editora Ultimato, 2015. Pág. 66.

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