Quando
nos deparamos com o texto de Isaías 9.6 geralmente temos lentes de
interpretação que nos impedem de ver o contexto imediato. Como prova disso, o
verso é recitado de memória por crianças, bem como paira, integralmente, em
suas mentes mesmo depois de adultas. Ainda assim, é plenamente possível que não tenham a mínima noção do que o texto trata na sequência.
No
mesmo capítulo, os versos de 8 a 21 abordam o juízo de Deus ao povo de Israel
exercido pelas nações vizinhas (2 Rs 15.29). Tudo estava sendo destruído e nem
assim o povo se voltou em reverência para o Senhor. A impiedade
queimou, a terra ressecou e, até mesmo, os irmãos guerrearam entre si.
Curioso
é perceber nos versos 14-16 um paralelo entre o famoso versículo 6. Isaías não só profetiza a vinda de um rei cujo governo está sobre os seus
ombros, como também denuncia autoridades e líderes corrúptos sob o comando da nação. O verso 7 complementa a ideia que o governo estabelecido por Deus tem base na verdade e
na justiça, contudo as autoridades - conforme o verso 15 - desnorteiam o povo.
O Senhor é chamado de Conselheiro-Maravilhoso, mas os falsos profetas ensinaram inverdades. Ele é o Deus Todo-Poderoso, por outro lado, o Senhor cortou os líderes de Israel como se fossem cabeça e calda (v.14). O Pai-Eterno está sempre de braços abertos, mas nesse contexto, até os órfãos e viúvas foram tratados como ímpios. O Senhor é o Príncipe da Paz, mas, ao que parece, Israel vivia em guerra contra as demais nações e entre as próprias tribos internas.
O Senhor é chamado de Conselheiro-Maravilhoso, mas os falsos profetas ensinaram inverdades. Ele é o Deus Todo-Poderoso, por outro lado, o Senhor cortou os líderes de Israel como se fossem cabeça e calda (v.14). O Pai-Eterno está sempre de braços abertos, mas nesse contexto, até os órfãos e viúvas foram tratados como ímpios. O Senhor é o Príncipe da Paz, mas, ao que parece, Israel vivia em guerra contra as demais nações e entre as próprias tribos internas.
Diante
disso, não há outra forma de enxergarmos o menino (v.6) a não ser na pessoa de
Cristo, pois Ele afirmou que o seu Reino não era desse mundo (Jo 18.36). Pelo
contrário, esse mundo, na verdade, jaz no maligno (1 Jo 5.19).
No
governo dos homens as autoridades ímpias seduzem o povo, mesmo assim aqueles que são guiados deixam-se seduzir e conduzir
ao erro (v.16). Mas Cristo é o
Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6a) que conduz as pessoas diretamente ao Pai.
Uma
vez que o governo de Deus através de Cristo nos levará ao Reino dos Céus que
não pertence a este mundo, o Espírito Santo cumpre a função de nos santificar na verdade, na Palavra de Deus (Jo 17.17). Assim temos condições de ouvir os
maravilhosos conselhos de Cristo, de reconhecê-Lo como Deus Todo-Poderoso e
nosso Pai-Eterno, além de experimentarmos Sua paz que excede todo o
entendimento humano (Fl 4.7).
Ainda que vivamos num contexto em que a humanidade é
amedrontada, quer seja por ameaças de guerras, fenômenos naturais ou
instabilidade política, cremos que o verdadeiro governo está firmado nas mãos
de Cristo.
Concluindo,
aqueles que são de Cristo, ainda que experimentem os desprazeres desse mundo,
vivem também o alento de pertencer ao Reino de Deus. Mesmo que tenham sido
seduzidos ou enganados pelas autoridades e líderes falsos, jamais serão desapontados
no governo do nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.
Willian C. Martins

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