"Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente”. Lucas 15:13.
Trarei ao nosso coração 03 motivos pela qual as pessoas podem abandonar a Igreja. Espero que através desses motivos possamos nos conscientizar e ajudar para que isso se reduza em nossa comunidade de Fé.
Começo com a parábola do filho pródigo, pois ela se aplica especialmente aos desviados. Ela fala àqueles que foram criados na igreja, conhecem a palavra de Deus, sentiram a sua presença, entendem suas exigências, e um dia o serviram. Mas assim como o pródigo, eles “foram para os porcos (onde eu também já fui)”. Observe no texto que o jovem não se chama o Pecador Pródigo, mas, o filho pródigo, isso porque a meu ver ele ainda pertence à família.
Por isso, em primeiro lugar, as bênçãos do Pai se tornou uma rotina, Ele deixou de apreciar o que tinha até quando perdeu tudo. Observe que o pai não o expulsou de casa, mas foi ele “partiu para uma região distante”, ele partiu por livre e espontânea vontade, e voltou da mesma maneira. Qual é o ponto então? Se o Amor de Deus não puder segurar você, o poder Dele não vai força-lo! Deus tem prazer na sua obediência voluntária, não em vê-lo se conformar a um conjunto de regras por ter medo de ir para o inferno. Talvez você conheça alguém que esteja ocupado demais para Deus? Talvez você conheça alguém que se acostumou com as bênçãos Dele e decidiu preferir algo diferente? Esteja ciente que o lugar que essa pessoa possa estar, vai leva-la a um único lugar: “O chiqueiro de porcos”. Pare, pense, ajude-a a dar meia volta arrepender-se e voltar para a casa do Pai enquanto pode. Por mais que ela tenha falhado, nosso Pai estará esperando para recebê-la de volta.
Em segundo lugar, na parábola do Filho pródigo, podemos ver que, pelo fato de as regras da casa do Pai parecer restritivas demais, muitas pessoas querem o Amor do Pai (Deus), mas não querem seu Senhorio; querem as bênçãos deles, mas não os seus mandamentos. O problema não é que o Pai lhe ofereça pouco, mas o custo de servir a Ele é que lhe parece alto demais. Talvez você esteja pensando que se vivesse no tempo de Cristo, se andasse e falasse com ele e se o ouvisse pregar, seria um Cristão melhor. Pense bem! “Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? e um de vós é um diabo”. (V.70); duro ouvir isso de Jesus, ouvir que algumas vezes somos usados pelo diabo.
O verdadeiro discipulado não é resultado de assistirmos a um culto especial na igreja, cantar no louvor, frequentar por obrigação a EBD, ou frequentar uma célula. Ele é progressivo. É o resultado de “crer e conhecer” o Senhor à medida que você anda com Ele no topo da montanha e no vale, nos dias bons assim como nos dias maus. Foi por isso que Pedro disse: “E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo”. (1 Pedro 2:7-8). O propósito da casa do Pai (a igreja) em sua vida é trazer submissão a vontade de Deus. Isso envolve um relacionamento verdadeiro – Com regras! Não porque Ele o Pai seja carrasco, mas, porque Ele corrige a quem ama. Que Deus nos ajude a entender que mesmo em meio à correção, mesmo em meio às restrições aos desejos que o mundo oferece, não fujamos para os Porcos, não fujamos para longe da casa do Pai. E que Deus nos ajude a resgatar aqueles que por não entenderem isso, tropeçaram e caíram, estão perdidos e confundidos em meio às lavagens que o mundo oferece.
Ultimo motivo que vejo pelo qual as pessoas abandonam a Igreja dentro do texto de Lucas 15, é por causa da atitude de alguns membros que fazem parte dela. O filho mais velho na parábola contada por Jesus sabia ser FILHO, mas não sabia ser IRMÃO. Se os ciúmes e a atitude julgadora que ele demostrou para com seu irmão são um tipo de comportamento a ser seguido, não é de admirar que seu irmão tenha saído de casa, para início de conversa.
Paulo escreveu: “Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão”. (Romanos 14:13). Suas atitudes e ações fortalecem os outros ou os fazem tropeçar? Você já leu sobre Diótrefes? João em sua 3 carta fala muito bem sobre Ele: “Escrevi à igreja, mas Diótrefes, que gosta muito de ser o mais importante entre eles, não nos recebe. Portanto, se eu for, chamarei a atenção dele para o que está fazendo com suas palavras maldosas contra nós. Não satisfeito com isso, ele se recusa a receber os irmãos, impede os que desejam recebê-los e os expulsa da igreja. (V.9-10).
Muitas das vezes gostamos de falar mais alto, parecendo uma cantora de opera que deseja só uma coisa – o controle! Controlar é negligenciar a humildade, é confiar na Justiça própria, é ser como um fariseu, sepulcro caiado, colocando sobre o outro um julgo que nós mesmos não conseguimos se quer carregar. Legalismo que afasta, oprime e mata a fé de nossos irmãos, tanto dos que já fazem parte da família, quanto àquele que quer fazer parte dela.
Somente a eternidade revelará quantas pessoas foram afastadas da igreja por crentes críticos, rudes e controladores. TOME CUIDADO PARA NÃO SER UM DELES! Esse é o meu desejo e minha oração. Soli Deo Glória.
Pr. André Dias
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